"Ganhos no Setor Primário" - Artigo de Afonso Lobo/Sefaz

Foto: Diego Janatã/ Seplan

Artigo do Secretário da Sefaz, Afonso Lobo, no jornal do Diário do Amazonas, dia 11 de maio de 2014.

Aos poucos, e com persistência, o setor primário vem ganhando projeção na economia do Amazonas. E, mais que isso, está gerando emprego e renda a um número cada vez maior de famílias em todo o Estado. A razão para esse crescimento tem sido a combinação dos investimos do governo em atividades agrícolas e em infraestrutura para o escoamento da produção com a força do homem do interior. Além disso, o Amazonas sancionou sete leis primárias desde 2010.

Para citar algumas ações do Estado nos últimos quatro anos, destaque para a implantação dos polos de piscicultura nos municípios de Humaitá, Boca do Acre, Manacapuru, Parintins e Tabatinga. A propagação artificial de peixes em estações de produção disponibiliza alevinos e pós-larvas de tambaqui e matrinxã aos piscicultores, dois dos peixes mais apreciados na culinária amazonense.

Além disso, o Estado subsidia e comercialização da ração e incentiva a produção e comercialização do calcário dolomítico, usado tanto na piscicultura quanto na agricultura. O resultado desse trabalho tem sido a ampliação da produção de peixe, que chegou a praticamente 52 mil toneladas nos últimos três anos. Já a pesca manejada de pirarucu alcançou 3,1 mil toneladas.

No campo da agroindústria, o Estado não tem medido esforços para agregar valor à produção interiorana. A oferta de farinha de mandioca, de tapioca, goma, açúcar mascavo, rapadura, polpas diversas, queijo, café, castanha e pirarucu salgado passou de 96,6 mil toneladas, em 2011, para 106 mil toneladas, em 2013. Através de uma parceria com a multinacional Coca-Cola, o governo articulou o fornecimento de polpa de açaí de três agroindústrias para a fabricação d psico Del Valle Reserva Açaí-Banana.

Mas pouco adiantaria todo esse esforço sem a devida atenção com a assistência técnica e o escoamento da produção. Para facilitar o transporte, o governo recuperou , desde 2010, pelo menos 1.205 quilômetros de vicinais e duas barcaças, o que beneficia, diretamente, 900 produtores rurais de 15 municípios. Da mesma forma, os novos portos têm atendido os produtores rurais e a população interiorana em geral. Por intermédio do Programa Residência Agrária, 170 técnicos foram contratados para atuar na assistência técnica aos produtores rurais em todos os municípios.

Com relação ao crédito rural, somente via Agência de Fomento do Estado do Amazonas, a Afeam, pouco mais de R$ 100 milhões foram destinados ao setor primários desde 2010. Trabalhadores autônomos capacitados pelo Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam), no Programa Oportunidade e Renda, também foram atendidos com os recursos, que contribuem para o desenvolvimento do setor e com a melhoria da qualidade de vida no interior.

Muito se conseguiu avançar, mas com um Estado tão extenso territorialmente, com dificuldades logísticas, impostas pela própria geografia da Amazônia, é preciso seguir com a política de desenvolver as atividades com maior potencial em nossa região. Com planejamento e emprenho é possível melhorar ainda mais os números da produção rural do Amazonas, e isso o governo tem mostrado que é possível.

Artigo do Secretário da Sefaz, Afonso Lobo, no jornal do Diário do Amazonas, dia 11 de maio de 2014.