sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Precisamos refletir sobre afirmativa do Geraldo Bernardino na FIEAM

Tenho sempre dito que o Amazonas ainda não soube aproveitar todo o potencial de conhecimento do Geraldo Bernardino, comandante da PESCA desde a gestão do Eduardo Braga. Sua equipe sempre foi muito pequena diante do desafio que envolve a pesca extrativa e a de criação no estado que tem uma das maiores reservas de água do mundo. Diante desse cenário continuamos discutindo os mesmos entraves ao longo de todos esses anos. Sendo assim, infelizmente os avanços foram pontuais. Ontem, no comitê de agronegócios da FIEAM, Geraldo voltou a destacar o potencial do manejo do pirarucu (em outra postagem vou comentar sobre esse assunto) e foi muito claro quando disse que o estado não deve assumir a gestão de algumas estruturas. Contudo, o que mais me chamou atenção no relato do Geraldo foi o PREÇO pago pelas indústrias no quilo de um peixe popular (se não estou errado foi o CUBIU que ele citou). Insignificantes R$ 0,20 kg (vinte centavos). Complementou dizendo que esse mesmo peixe é vendido em outros estados em torno de R$ 7,00 kg, e com outra denominação. Bem, de cara é um absurdo remunerar o pescador artesanal em R$ 0,20 kg, sabendo que existe um programa federal que pode pagar R$ 1,50 kg, mas que não acontece em razão de não termos frigoríficos públicos (sifados) disponíveis aos pescadores. A novela do Terminal Pesqueiro de Manaus continua (agora jogaram nas mãos do Ministério da Agricultura) e o frigorífico da Betânia, que é do IDAM, mas encontrasse, segundo informações, envolvido em problemas na justiça. Em síntese, sem resolver esses DOIS gargalos básicos nosso pescador continuará sendo explorado, e as mais de 350 mil famílias em extrema pobreza no Amazonas infelizmente continuarão passando por dificuldades nutricionais. Até quando? 

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