O Amazonas deu um
grande passo para se tornar um Estado livre de febre aftosa e receberá do
Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) amanhã, sexta-feira, 29 de novembro,
o status de “risco médio”. O anúncio será feito pelo ministro da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento, Antônio Eustáquio Andrade, por meio de
videoconferência, no auditório da sede da Secretaria de Estado da Produção Rural
(Sepror), localizada na Avenida Buriti, nº 1850, bairro Distrito, a partir de
11h.
Para o secretário
de Produção Rural, Eron Bezerra, o novo status é o último estágio para o
Amazonas ser reconhecido como Estado livre de febre aftosa. “O status é fruto do
trabalho de defesa sanitária feita pela Sepror e os órgãos ligados a secretaria
e principalmente do investimento do Governo do Amazonas nas campanhas de
vacinação contra a doença e de todo acompanhamento técnico que os pecuaristas
recebem”, destaca o secretário.
O rebanho do
Amazonas, segundo dados da Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do
Amazonas (ADAF), corresponde a aproximadamente 1,5 milhão de cabeças de
gado.
O novo status que o
Estado receberá foi publicado no Diário Oficial da União desta semana por meio
da Instrução Normativa nº 28, assinada pelo secretário de Defesa Agropecuária do
MAPA, Rodrigo Figueiredo.
Estado livre da doença - Atualmente, dois municípios do Amazonas são
reconhecidos pelo MAPA e pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como
livres de febre aftosa com vacinação. São eles os municípios de Boca do Acre e
Guajará que possuem, respectivamente, 346.015 e 35.093 cabeças de gado. Ainda,
de acordo com o MAPA, partes dos municípios de Canutama e Lábrea também já são
reconhecidas com o status livre de febre aftosa com vacinação. Para o MAPA o
Estado do Amazonas deve receber, em sua totalidade, o status livre de febre
aftosa já no próximo ano.
Febre Aftosa – A febre aftosa é uma doença viral altamente
contagiosa que afeta animais como bovinos de leite e de corte e os suínos. A
doença foi detectada no Amazonas em 2004, no município do Careiro. Por conta
desse foco o Brasil amargou prejuízos econômicos irreversíveis. Foi proibido de
exportar carne bovina e qualquer produto agrícola. À época o status do Estado
era de “risco desconhecido”.
“Esse é o pior
status sanitário que existe. Hoje conseguimos evoluir para risco médio e até
2014 deveremos conquistar o tão sonhado status de área livre de aftosa. É uma
conquista muito grande que estamos obtendo nesse curto espaço de tempo”,
reiterou Eron Bezerra.
Para o Secretário
Eron Bezerra, que assumiu a Secretaria em 2007, o surgimento da doença, em 2004,
foi resultado da desativação do serviço de defesa sanitária animal e vegetal no
Amazonas, por conta da extinção da Sepror em 1995, pelo então Governador
Amazonino Mendes. A Sepror foi recriada em 2003 pelo ex-governador Eduardo Braga
- após 8 anos de desativação.
Um dos esforços do
Governo do Amazonas para fortalecer o setor primário e evitar prejuízos
econômicos para o Estado e consequentemente para o País, como ocorreu em 2004, é
subsidiar a vacinar. O Estado é o único do País a comprar vacina e repassar ao
produtor com subsídio. O produtor paga apenas R$ 0,60 centavos por dose de
vacina. “Este Governo reconhece a importância do setor primário para a economia
do Amazonas, por isso, não mede esforços para conquistar o status de Estado
livre de febre aftosa. A contrapartida da vacina é justamente para garantirmos
uma cobertura vacinal de 100% e consequentemente o tão sonhado status”, ressalta
o secretário.
Campanhas de vacinação - Anualmente o Governo do Estado, por meio da Sepror,
realiza a campanha de vacinação contra a febre aftosa que é dividida em duas
etapas.
Na primeira
fase - que aconteceu de 15 de março a 30 de abril e de 01 a 31 de maio
- foram alcançados 91.32% do rebanho do Amazonas. O percentual corresponde a
aproximadamente 1.006.291 bovinos vacinados.
A segunda fase da vacinação começou em setembro entre as
comunidades de área de várzea e envolveu 41 municípios das regiões dos rios
Solimões e Amazonas. Neste mês de novembro a campanha chegou a 21 municípios de
terra firme. A meta, segundo a ADAF, é vacinar mais de 743.934 bovinos. A
segunda fase da campanha termina no final do mês de novembro. O alcance desta
etapa deve ser divulgado na segunda quinzena do mês de dezembro. A expectativa é
garantir a cobertura vacinal de 100% do rebanho.
Fonte: Sepror e MAPA
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