sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

IDAM divulga ações no programa Bom Dia Amazônia da rádio Cultura

Alfredo Pin
Tenho grande respeito pelos profissionais do IDAM e também tenho a firme convicção de que deveria ser o órgão público estadual mais bem estruturado do estado do Amazonas. O IDAM tem conhecimento, experiência e capacidade técnica para interiorizar nosso desenvolvimento gerando o tão sonhado emprego e renda fora da capital. Espero, sinceramente, que o setor primário do Amazonas, UNIDO, posso cobrar, com firmeza, do próximo governador, a estruturação adequada para o IDAM desenvolver suas importantes e estratégicas atividades. A soberania alimentar do Amazonas, e a segurança alimentar e nutricional do povo que aqui vive depende de um IDAM extremamente forte. Caso contrário, os avanços continuarão sendo pontuais e a dependência ao PIM/ZFM será eterna, o que é muito lamentável em decorrência do potencial sustentável que temos em nosso estado. Por intermédio do Alfredo, mando o meu agradecimento e reconhecimento a todo corpo funcional do IDAM. (Thomaz)
Alfredo Pinheiro (chefe do Departamento de Assistência Técnica e Extensão Rural do IDAM)
Foto: Bruna Pinheiro
O Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas (IDAM), agora tem participação ativa no Programa Bom Dia Amazônia da rádio Cultura. Todas as quintas-feiras um representante da Instituição é convidado para falar sobre os mais diversos assuntos da agricultura de base familiar. Iniciando o ano de 2014, o chefe do Departamento de Assistência Técnica e Extensão Rural do IDAM, Alfredo Pinheiro, foi entrevistado e abordou o tema Agricultura de Várzea.
No Amazonas as principais atividades agropecuárias desenvolvidas em área de várzea estão voltadas para o cultivo de hortaliças (repolho, couve, alface e cebolinha), frutas (mamão, banana e maracujá), culturas industriais (mandioca, juta, malva e cacau), grãos (arroz, milho e feijão) e pastagens.
Segundo Pinheiro, trabalhar com a agricultura de várzea tem suas vantagens, pois o ecossistema permite menos gastos com insumos, preparo de áreas, facilidade em transportar a produção até o centro consumidor, além de diminuir o tempo de plantio e colheita. No entanto, segundo ele, as desvantagens também se tornam presentes, entre elas é possível destacar a incerteza de colheita, riscos de prejuízos, dificuldades de documentação para comprovar o domínio da terra como também dificuldades para acessar Crédito Rural mais expressivo.
Entre os municípios onde o ecossistema é predominante podemos destacar: Careiro, Manaquiri, Iranduba, Barreirinha, Parintins e Alto Solimões. As áreas exploradas com as culturas industriais, de grãos, hortaliças, fruticultura e pecuária somam em torno de 1.770.000 hectares, sendo que 30% estão localizadas em áreas de várzea.
Sustentabilidade – As atividades agropecuárias desenvolvidas em áreas de várzea faz com que os agricultores exerçam menos pressão nas áreas de mata em terras firmes, uma vez que além dos solos de várzeas possuírem melhor fertilidade, as enchentes repõe naturalmente alguns nutrientes, fazendo com que tais solos possam ser reaproveitados por anos e anos seguidos, mantendo níveis de produtividade econômicos. Já os solos de terra firme, na Amazônia, em geral possuem baixa fertilidade natural e esgotam-se com facilidade não permitindo plantios sucessivos na mesma área, caso não haja investimentos com correção de solos e reposição dos nutrientes, através de adubações química e orgânica.
O próprio preparo das áreas nas várzeas causam menos impacto ambiental pois não exigem grandes queimadas (vegetação de pequeno porte).
 Incentivo – Às políticas públicas existem para fortalecer ainda mais o setor primário no Amazonas e gerar melhores expectativas de vida para os agricultores familiares. Essas políticas também beneficiam os agricultores que trabalham em áreas de várzea.

O Programa de Regionalização da Merenda Escolar (Preme), Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e programas de apoio a convivência com as cheias como o crédito subsidiado e fomento a produção, entre outros, são alguns dos incentivos para o setor.

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