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Sem dúvida uma excelente iniciativa que merece nosso reconhecimento e pode viabilizar dias melhores aos produtores da região. Contudo, é preciso avaliar o que vem ocorrendo com iniciativas semelhantes no passado (com outros produtos) que tem levado diversos grupos formais para a inadimplência impedindo de operar programas públicos. A "sustentabilidade" dessas iniciativas deve ser buscada intensivamente, contudo, infelizmente não é o que tenho observado. O assunto é do conhecimento do governo e do setor e não pode ser empurrado para depois das eleições de 2014. Recomendo a leitura da revista EXAME desta semana que fala sobre a ZFM.
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Foi inaugurado na última sexta-feira (24/01) um laticínio na
Vila do Novo Céu; autoridades do setor primário e cooperados celebraram essa
conquista que vem sendo construída há vários anos. A fábrica é de propriedade da
Cooperativa dos Produtores de Leite da Região de Autaz Mirim (COOPLAM), e vai
beneficiar direta e indiretamente cerca de 250 famílias.
De acordo com o
presidente da cooperativa, Manoel Maia, o laticínio irá produzir queijos,
bebidas láctea, manteiga, creme de leite e derivados. O leite recebido pela
cooperativa será de bovinos e de bubalinos. “Este é um sonho que compartilho com
todos os parceiros. Vamos oferecer ao mercado produtos com qualidade”.
O
investimento no laticínio está orçado em torno de 2 milhões 625 mil reais. O
gerente de Mercado e Agronegócios do Banco do Brasil no Amazonas, Paulo Afonso
Pena, destaca, “esse é um projeto antigo que o Banco vem sonhando junto com os
produtores, e agora se torna realidade. Estamos auxiliando os produtores rurais
na parte de financiamento e no DRS que é o desenvolvimento rural sustentável,
principal ponto para esse empreendimento ter dado certo. Esse é um
empreendimento fantástico, temos orgulho em participar”.
Segundo o
presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas (FAEA),
Muni Lourenço e pecuarista em Autazes, foram muitas as dificuldades superadas
para que se chegasse à inauguração. A ideia segundo o dirigente é que, além de
ter um laticínio para agregar valor ao produto, a produção da matéria prima
tinha que melhorar. Na região foi implantado o Programa Balde Cheio.
“O
Programa Balde Cheio, está mudando a realidade de dezenas de famílias desta
região, que é a maior bacia leiteira do Amazonas. O Serviço Nacional de
Aprendizagem Rural ‘SENAR’ em parceria com o SEBRAE, EMBRAPA e outros parceiros
trouxeram tecnologias novas, manejo correto, a recuperação de áreas degradadas,
e acima de tudo a auto-estima do produtor. Podemos dizer que o Balde Cheio já é
uma realidade em Autazes, provando que é possível produzir e
preservar”.
Lourenço também ressaltou que é preciso ter um olhar
diferenciado para o setor primário. “Não podemos depender exclusivamente do Polo
Industrial de Manaus, que há tempos vem sendo atacado. Esse laticínio em Autazes
vai ser um divisor de água, fomentando a economia no interior”.
Da mesma
opinião discursou o vice-presidente da FAEA, José Azevedo. “Que esse laticínio
sirva de exemplo para os demais municípios. A riqueza do nosso Estado não está
somente em Manaus, mas no interior também”.
O pecuarista Gilson Serrão,
foi um dos cooperados que participaram da inauguração, muito emocionado disse
que, “Essa é uma conquista muito grande. Fruto que vai ficar para os nossos
filhos, estou muito feliz, quero agradecer a todos que deram apoio para que isso
acontecesse”. Serrão participa do Programa Balde Cheio, através dele garante.
“Foi muito bom para nós, hoje minha produção aumentou e meus custos diminuíram”,
garantiu.
O presidente do Sistema OCB/Sescoop-AM, Petrucio Magalhães,
afirmou que a COOPLAM vai se tornar uma das mais importantes cooperativas do
Estado do Amazonas. “Uma das características desse grupo foi à persistência, em
trilhar um caminho para buscar e concretizar com coragem, a realização deste
laticínio. Esse momento vai mudar a história da comunidade e dessas famílias,
contribuindo efetivamente para economia, porque dessa cooperativa certamente
sairá mais de 20% de toda a produção de lácteos do Estado, é uma fábrica com
capacidade de processar 50 mil litros de leite dia. O pecuarista vai se
preocupar da porteira para dentro, porque da porteira para fora, ele poderá
contar com um instrumento de muita importância que é a cooperativa para
conseguir o mercado, a qualidade de seus produtos. Parabéns a todos que fazem
parte dessa história”.
Acompanharam a inauguração o presidente do
Sindicato Rural de Autazes, Lucivaldo Nery, presidente do Sindicato Rural de
Careiro da Várzea, Ademar Marinho e do SINDISUL, Carlos
Koch.
Diárcara
Ribeiro
Assessora de Comunicação
Sistema FAEA-SENAR